A Starbucks volta ao começo

Inovar é, também, retornar ao ponto de partida. Foi o que a Starbucks decidiu fazer em suas lojas, começando por Nova York.

A matéria está no caderno de economia & negócios do jornal O ESTADO DE S.PAULO, de 23 de julho de 2025. Diz assim: “A Starbucks está introduzindo elementos premium – como sofás confortáveis, iluminação acolhedora e obras de arte renovadas nas paredes – em lojas reformuladas”.

As mudanças fazem parte do plano Back to Starbucks (De Volta à Starbucks) e incluem, além da ambientação, a adição de canecas de cerâmica para que os clientes se sintam mais à vontade e permaneçam por mais tempo.

Um dos diferenciais mais relevantes da Starbucks é que fosse um “terceiro lar”, um lugar entre o trabalho e a residência de seus clientes. E que, acolhedora, permitiria a eles fazer uma pausa, ouvir um pouco de música e refletir sobre diferentes questões: do universo, pessoais ou até mesmo místicas, diante de uma simples xícara de café. E sem nenhuma pressa. Ao contrário!

As mudanças são, também, no atendimento, não apenas à ambientação. “A empresa orientou seus baristas a cumprimentar calorosamente os clientes, para que se sintam bem-vindos”, informa a matéria.

Na origem, a Starbucks pregava que tudo precisava ser tão excelente quanto o café. E isso incluía a experiência vivida na loja – ambiência, atendimento, eficiência. Neste último item, houve redução do extenso cardápio de comidas e bebidas para que o tempo de espera também fosse menor.

Howard Schultz, o fundador da Starbucks, dizia – quando também era o CEO – que as lojas deveriam ser como um oásis, um pequeno lugar na vizinhança onde fosse considerada uma “brisa fresca”. O mesmo Howard admitiu sua alegria e ter “dado cambalhota” ao ser informado sobre o plano do atual CEO, que tem tudo a ver com as concepções do criador.

Acompanho a história da Starbucks desde que o seu fundador a contou no livro “Dedique-se de coração”, há vinte e cinco anos. Como todo crescimento rápido, a Starbucks perdeu muito dos diferencias que a tornaram a maior rede de lojas do planeta. Das seis iniciais, hoje conta com mais de 32000, espalhadas em 80 países.

Recentemente, a Buzz Editora reeditou o livro de Howard que continua ainda mais atual diante desse retorno às origens. Muito me honrou ser escolhido para prefaciar a nova edição brasileira.

Recomendo a leitura para quem gosta de histórias de empreendedorismo e de se aperfeiçoar na arte do comércio. Com certeza terá muito a aprender!

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