Ansiedade, o mal disfarçado de eficiência

Vivemos tempos acelerados – e a empresa não escapa dessa engrenagem. Na verdade, acelera o que já está em colapso: metas sufocantes, reuniões urgentes, agendas sem espaço para respirar.

A ansiedade virou rotina. Está nas lideranças, que já vivem em modo de sobrevivência; e nos planejamentos, que nunca dão conta do inesperado.

Mas a pergunta que importa é: ansiedade é resultado da pressão ou da desconexão?

A pressão pode até existir e, muitas vezes, é real. Mas o que adoece de fato não é volume de trabalho, e, sim, a falta de sentido e propósito e no exercício dos valores. É aí que entra a gestão humanizada de verdade. Como fundamento de uma cultura, não mera retórica.

O que a gestão humanizada revela para os líderes?

Que liderar não é extrair resultados, mas fomentar a nobreza. Não é apenas alcançar metas, mas criar um ambiente em que pessoas possam se tornar mais humanas.

Confira, a seguir, alguns exemplos de gestão humanizada em ação no combate à ansiedade empresarial.

Clareza com compaixão

Um líder que troca a cobrança implacável pela clareza cuidadosa, explicando expectativas com humanidade, reduz o medo e o ruído. Ganha-se produtividade e perde-se ansiedade.

Confiança com autonomia

Um gestor que confia em seu time e oferece espaço para a tomada de decisão transforma o controle ansioso em protagonismo sereno. A humanização está em libertar os potenciais, não em vigiar rotinas.

Presença com verdade

Um líder que começa a reunião perguntando “como você está de verdade?” e escuta sem pressa o que cada um tem a dizer cria um campo de empatia. Quem se sente invisível começa a perceber que é visto – e a invisibilidade é onde mora a ansiedade.

Processo com propósito

Equipes que sabem por que estão fazendo o que fazem atravessam as dificuldades com outra força. A gestão humanizada ensina que empresas não existem só para vender, mas para servir a algo maior.

O que muda com uma gestão humanizada?

Muda a vibração do lugar. A ansiedade não desaparece, mas perde a força. As pessoas deixam de correr como ratos de laboratório e passam a caminhar como gente em missão.

Uma empresa que pratica a gestão humanizada tem metas, mas não é refém delas. Tem ritmo, mas respeita a respiração. Tem resultados, mas também tem alma.

A pergunta que fica para os líderes é: você está apenas gerenciando uma empresa ou conduzindo uma comunidade de trabalho?

Na resposta reside a real intenção para uma gestão humanizada de verdade. Ouse a segunda opção e constate!

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