A viagem é o viajante.

Estava fazendo as malas para viajar à Amazônia. E quem diz que a mala fechava? O zíper parecia pedir socorro com tantas coisas socadas lá dentro. E não é diferente com outros passageiros que carregam malas e mochilas pelos aeroportos e rodoviárias. Por que tantas coisas? De livros ao cortador de unhas; do iPod ao esparadrapo. A gente não quer correr riscos nem se machucar.

O sapato é um bom exemplo: amolda-se aos pés e protege os calos. Dá-nos conforto e segurança como também outras coisas trazidas nas malas. Nos deixa menos vulnerável e menos nós mesmos.

Lembrei-me daquela passagem da Bíblia em que Deus diz a Moisés: “descalce as suas sandálias pois a terra que pisas é sagrada!”.

Retirar a sandália é livrar-se do habitual. É livrar-se dos preconceitos e desvestir velhos hábitos. É também abrir a oportunidade de vestir o sapato do outro e reconhecer aonde lhe aperta o calo.

Aí sim poderemos viver a mesma relação que sempre será entre sujeito e sujeito. Podemos levar a bagagem que for: a viagem será sempre o viajante!

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