Viva o Réveillon de verdade!

Passamos por mais um Réveillon. Grandes festividades aconteceram em vários lugares do mundo, com queima de fogos, copiosas chuvas de papel picado e até shows com vários artistas. As pessoas ficaram acordadas esperando a passagem, algumas vestiram-se de branco e trocaram votos saudando o novo ano com alegria e paz. Sempre com augúrios de muito dinheiro no bolso, como nos versos da velha canção, mais saúde para dar e vender.

Sim, tudo é expressão de esperança quanto a dias melhores reforçada pelo espírito de fraternidade.

Celebrar a vida, o que ela pode oferecer e o que nós podemos oferecer para ela, é sempre bom. Mas quero ressaltar o significado da palavra francesa réveillon, que deriva do verbo réveiller: acordar, despertar. Sim, é esse o nosso desafio humano para algo além de uma simbólica mudança de calendário.

No livro Metanoia ousei dizer que a vida não começa quando se nasce, mas quando se desperta. Atente para a diferença entre existir e viver.

Existir é instintivo e involuntário. Insetos existem e se repetem todos os dias. Existir é autopreservação e resguardo. A existência no piloto automático, como se fôssemos sonâmbulos, não pode ser chamada de vida.

Vida exige um réveillon de verdade.

Viver é o exercício das potencialidades. É tornar real aquilo que vibra como potencial em cada um de nós. É abrir espaço às inteligências, dons e talentos que pulsam, querendo se transformar em serviço para algo ou alguém. É aí que está a abundância da vida. Não a procure fora, mas dentro de si, de cada ser humano, e que só vai se transformar em riquezas se for ofertada.

Não se acorda ou desperta no conforto da existência corriqueira, mas diante dos desafios, dificuldades, obstáculos, provações. Durante os desconfortáveis anos de pandemia, todos crescemos muito. Constate o quanto teve de aprender, de mudar o curso da sua história, de rever hábitos, de desenvolver novas habilidades e descobrir em si talentos até então desconhecidos.

Quando desejamos saúde, paz, alegria e dinheiro, estamos falando de recompensas. É impossível obtê-las optando pelo marasmo da existência. Só as merecem, de fato, todos aqueles que escolheram despertar para a vida e oferecer o seu melhor.

Que este novo ano seja de muita vida e venha com todos os temperos e condimentos agridoces. A mistura de elementos diferentes confere muito mais sabor ao que se prepara com esmero. Assim você vai viver intensamente um legítimo Réveillon.

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Roberto IdeP
Roberto IdeP
2 anos atrás

A pandemia evidenciou e confirmou, inegável e indubitavelmente, que os efeitos de todas as crises esclarecidas e elucidadas são fruto consequência efeito de uma mesa causa: a crise intelecto-moral-comportamental referente à degradação e retrocesso da condição humana reflexo da baixa qualidade de pensamentos, sentimentos, emoções, ações, atitudes, comportamentos e conduta.

Fato recorrente intensificado e agravado pela velocidade e desordem de percepção, assimilação e interpretação que prejudica saúde, inteligência e responsabilidade de reações e ações conscientes, coerentes e consistentes à melhora, progresso e evolução apropriada e benéfica.

Os efeitos resultados das coisas dependem diretamente da qualidade dos processos de criação, elaboração e desenvolvimento e, esses por sua vez, também dependem diretamente, da qualidade de suas origens: a Humanidade.

A qualidade da condição humana é a soma de que e de como pensamos, sentimos, reagimos e empreendemos ações e processos conforme aprendizagem, educação, compreensão e conscientização sobre nós e o mundo: conjunto de conhecimentos, ensinamentos e sabedorias Universais.

O “progresso” da civilização avançou e possibilitou favorecimento em tecnologias e inovações pró evolução, porém, retrocedeu a moral e a ética das relações e dos relacionamentos nas tratativas humanas, origem donde derivam tudo feito por nós.

A insistência no velho paradigma materialista e capitalista selvagem e primitivo da vida sem significado e propósito, fundamentado na velha economia e modus-operandi de sobrevivência pela criação, produção, venda, compra e consumo inconsequentes, sempre perseguindo e acumulando bens materiais, na maioria das vezes excedentes, desnecessários e desperdiçados, dificulta e posterga elevação e expansão consciencial e comportamental da Humanidade imprescindível à evolução da condição humana para vivermos e convivermos em equilíbrio e harmonia.

O velho paradigma, atual estilo de vida da Humanidade, persiste em desconsiderar, ignorar, negligenciar e descartar, toda virtude e sabedoria já alcançadas, conhecidas, compreendidas, praticadas, aprendidas, comprovadas e sabidas, prejudicando, atrasando e adiando melhorias individuais e coletivas.

A velocidade da informação somada ao direcionamento de investimentos de recursos exclusivos à obtenção e acúmulo de bens materiais nos faz marionetes correndo atrás de coisas e desvia a Humanidade de perceber, refletir, assimilar, interpretar, discernir, compreender e se conscientizar quanto ao senso coletivo das reais necessidades, urgências, oportunidades e possibilidades, principalmente sobre a condição emergencial do planeta para sobrevivermos.

A qualidade de intervenção depende da qualidade do interventor: faz melhor quem sabe mais. Sabe mais quem pensa melhor. Pensa melhor quem percebe e assimila melhor. Percebe e assimila melhor quem sente melhor. Sente melhor quem compreende melhor. Compreende melhor quem aprende melhor. Aprende melhor quem busca saber.

Esse processo de descoberta, aprendizagem, educação e desenvolvimento que proporciona e promove conscientização, autoconsciência e aperfeiçoamento depende da cooperação e colaboração dos mais experientes e sábios da família e da sociedade retransmitirem com responsabilidade ensinamentos que contribuem e edificam sabedoria, inteligência e virtude ao mais novos, inexperientes e ignorantes.

O momento de transição pela sobrevivência da Humanidade no planeta exige revolução moral por conscientização e conscienciosidade, que é a qualidade de ação e reação conforme grau de elevação e expansão de consciência, dos Novos Seres esclarecidos, elevados, predispostos, empenhados, comprometidos e dedicados aos propósitos da Providência:

  • A re-espiritualização da condição humana pelo resgate dos valores e princípios morais e éticos empreendidos nas relações e relacionamentos donde deriva nossa situação;
  • A superação das dores da Humanidade pelos desafios individuais e sociais;
  • A cocriação e edificação do Novo Paradigma da Nova Sociedade da Nova Era de Regeneração.

Aqueles que compreendem, se sensibilizam, se conscientizam e se reconhecem como Novos Seres se identificam e se afinam por sintonia de consciência, intenções, interesses, objetivos e motivações, atuando conscienciosa e numinosamente (conscientizada, influenciada e inspirada por qualidades superiores) com fé, entusiasmo, força de vontade, empenho, dedicação, comprometimento e perseverança, em sinergia no servir pelo cumprimento dos propósitos da Providência.

A escolha é nossa, de cada um e de todos nós!

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