Por escrito, por favor!

– Quem tem um propósito, levante a mão.

Foi o que perguntei aos presentes naquele auditório, ávidos por me ouvir falar sobre o meu novo livro “O Velho e o Menino”.

A estatística visual não pareceu superar mais que 10% da plateia. Aos que ergueram a mão, indaguei:

– Quem o tem por escrito, levante a mão.

Menos da metade ergueu a mão, ou seja, nem 5% dos presentes tinham um propósito redigido.

Fiz a consulta com base em uma pesquisa semelhante feita com estudantes do último ano na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Vinte anos depois, a instituição resolveu averiguar o resultado da enquete realizada. Constatou que aquela minoria capaz de redigir seus propósitos, no passado, foi muito mais bem-sucedida do que o restante de seus colegas. Não só alcançaram uma vida mais equilibrada, como eram pessoas comprometidas e contributivas com a sociedade. Em suma: a minoria valia mais do que a maioria. É justo concluir, então, que tal maioria vai passar a vida ajudando a minoria a alcançar os seus propósitos.

É para ser assim?

Escrevi “O Velho e o Menino” para que não seja! Antes de mais nada, tento incentivar o leitor a considerar a importância de um propósito na vida, na esperança de alterar a desproporcional estatística da maioria sem propósito em relação à minoria com propósito. Com isso, seres de fuga – é o que geralmente ocorre com os despropositados – podem se transformar em seres de busca – é o que costuma acontecer com quem tem propósito, algo que se estende a todas as esferas da vida, incluindo o trabalho e a família.

Na trama, a exemplo do que se passa com o personagem Aladim, provoco o leitor para que faça o providencial exercício  de redigir o propósito a partir de seus desejos. Uma prática simples, mas que pode fazer toda a diferença, tal como confirmou a pesquisa feita na Universidade de Yale. Mãos à obra, portanto! Comece a escrever o seu agora mesmo.

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