AIACADABRA

Desde que o livro Capital Relacional foi lançado, em março desse ano, tenho escrito artigos, proferido palestras e feito vídeos para o Youtube abordando o tema. Relacionamento é – e continuará a ser – a alma dos negócios. Essa é a máxima que tenho apregoado em todas as oportunidades. Daí realço as três vogais – AIA – como a atitude correta diante de clientes. Relembrando o significado das iniciais: atenção, interesse e amor.

AIAcadabra é como uma palavra mágica que abre as portas de corações fechados e almas entaladas. A Reviravolta AIA, como denominada no livro, promove uma humanidade esquecida no meio dos negócios, como se neles ela – a humanidade – não tivesse espaço. Mas como pensar em negócios sem pensar em humanidade?

O Capital Relacional vem para lembrar que a vocação do ser humano é SER humano e que as pessoas querem se relacionar com empresas humanas, justamente aquelas que têm alma. Aí está a essência da nova economia: almas humanas servindo outras almas humanas. Uma Economia ao Natural.

Gostaria de, agora, inverter o ângulo de visão, alternando o ponto de vista. Nas abordagens anteriores, o foco sempre esteve em quem oferta algo para outro alguém – o demandante.

A Reviravolta AIA surge para retirar os comportamentos do piloto automático e daquele modo frio dos três Ds – desatenção, desinteresse e desamor – com que muitos clientes são tratados. Mas existe também o inverso: o modo frio e os mesmos três Ds com que clientes tratam recepcionistas, garçons, balconistas, manobristas etc., como se fossem objetos e não merecessem um olhar atento.

Alguns atendentes acostumaram-se tanto com as desfeitas que nem esperam nada diferente. Aceitam a sina de anônimos com resignação, acreditando na tal vida como ela é, ou melhor, como não deveria ser.

Quando tratamos as pessoas como objetos, nós as desumanizamos. Fomos projetados para criar vínculos – emocional, física e espiritualmente. Não se trata, sempre, de tecer relacionamentos profundos, mas sim de – no mínimo – olhar as pessoas nos olhos quando falamos com elas. Enxergá-las, portanto. Se for possível, chamando-as pelos nomes. Quem não deseja envolver-se emocionalmente com ninguém, que fique em sua redoma e alheamento.

Somos, sobretudo, seres espirituais, inexoravelmente ligados uns aos outros por uma força maior do que nós mesmos. Essa força é o amor.

Façamos a revolução do amor, a Reviravolta AIA, em vias de mãos duplas. Certamente daremos uma contribuição relevante, acredite!, à Humanidade.

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