Boas-vindas à economia ao natural

Nada mais natural do que uma economia calcada nas relações humanas mais genuínas. Um retorno à relação sujeito/sujeito, como sempre deveria ter sido, diferente daquela preconizada na velha economia em que a tônica é a relação objeto/objeto.

Na nova economia, em que as relações são enaltecidas, o desenvolvimento humano prevalece sobre o crescimento econômico, este, contudo, isento de prejuízo. O que de fato muda na economia ao natural?

Algo muito elementar: o crescimento econômico, medido pelo PIB (produto interno bruto), é apenas uma parte da equação. Aquele pressuposto universal de que o consumo de uma quantidade maior de bens implica a melhoria da qualidade de vida é um equívoco já comprovado por alguns economistas e psicólogos sociais. O bem-estar não depende apenas de renda e emprego, mas sobretudo da qualidade das relações humanas e do propósito de vida.

Aliás, as relações sujeito/sujeito não acontecerão no atual e comum metamundo em que as pessoas estão mais fixadas na tela do computador, conectadas à distância. Relações sujeito/sujeito incluem aceitação, compreensão e empatia, nem sempre plausíveis quando a conexão é intermediada pela tecnologia.

Vírus existem na saúde, nos computadores e também nos relacionamentos. Não estamos imunes. Assim como pegamos um agente patogênico de outra pessoa – vide as lições da pandemia – também podemos ser emocionalmente contagiados por micróbios nas relações tóxicas. Ódio, raiva, medo e preconceitos são também infecciosos.

Vacinas podem nos proteger dos vírus que ameaçam a saúde, os computadores e as relações.

Sabemos que a nossa vitalidade depende do contato humano e de conexões amorosas. As relações de confiança com outras pessoas nos revigoram e fazem-nos sentir que a vida vale a pena. Quiçá todos possam vivenciar seu entorno com essa alegria. É a imunidade natural, exatamente o que propõe a economia ao natural. Um reencontro com o que existe de mais essencial em nossa vida. E viver tal atitude como propósito.

Por que não? Ou, melhor ainda: porque sim!

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Clotilde
Clotilde
2 anos atrás

Quando achamos que já somos bons, vem você nos mostrar que podemos ser melhores. Esse é o grande aprendizado dessa Jornada. Obrigada por compartilhar essas palavras tão sabias. Um forte abraço!!!!!

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