Saiba qual é a base de tudo!

Todo aprendizado integra o pensar e o fazer. Afinal, diz respeito ao modo como interagimos no mundo e às capacidades que desenvolvemos a partir dessas interações. É disso que trata a Roda do Aprendizado, metodologia de educação do processo da Metanoia.

Roda

Na era industrial, as interações eram mais voltadas ao fazer do que ao pensar. Por isso, foi o tempo da manufatura, das habilidades e da destreza. Lidar com as coisas era o grande aprendizado. Na era do conhecimento, as interações se voltaram aos métodos e às técnicas. Pensar antes de fazer. O conhecimento antes da habilidade. O intelectual antes do manual. Por isso, tem sido a era dos algoritmos, dos padrões e paradigmas.

Liderança foi um tema crucial e contrastante nas duas eras. O modelo autoritário, concentrador dos controles e centralizador dos poderes, da era industrial, deu lugar ao modelo de gestão mais participativa da era do conhecimento.  O fazer poderia continuar sendo individual, mas o pensar teria de ser coletivo. Tudo o que dissemos e escrevemos sobre a era do conhecimento, no entanto, por melhor que fosse a letra, deixou a música muito ao fundo. A era da consciência surge acentuando a música e, mantida a boa letra, transforma o que vem por aí em uma canção melodiosa e contundente.

A música, nessa analogia, traduz a profundidade da percepção e das interações. Tal conscientização muda a nossa relação com o todo. Antes, da era industrial à era do conhecimento, considerava-se algumas variáveis estáticas. Na era da consciência tudo é dinâmico, nada está fixado.  Com isso, também o aprendizado, em vez de estático, é dinâmico. Ou seja: nada mais se parece com um jornal de ontem do que um diploma. Pouco adianta se certificar sobre algo que terá a data de validade inexoravelmente vencida.

Então, aprender o quê e por quê? Eis a boa pergunta. E a resposta é: aprender sobre o único sujeito sobre o qual é possível exercer algum tipo de controle: você e as relações que estabelece com o mundo ao seu redor. As mudanças com as quais nos defrontaremos serão ao mesmo tempo profundamente pessoais e inevitavelmente sistêmicas.

Com isso, a Roda do Aprendizado, tão necessária na era do conhecimento, torna-se imprescindível na era da consciência. Mais do que nunca, a consciência precede a competência. Mais do que nunca, a consciência precede qualquer mudança que se deseja sustentável. Como já disseram de forma similar Einstein, Maslow, Senge e Goswami, “a consciência é a base de tudo”.

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